A UNESCO propõe-se celebrar em 2014 o 1º centenário da Primeira Grande Guerra
Mundial na vertente da salvaguarda do Património Cultural Subaquático (PCS).
A partir desta data os artefactos submersos, em consequência dos combates
navais verificados, passarão a estar protegidos pela Convenção 2001 da UNESCO.
O Conselho Consultivo, Científico e Técnico
da Convenção 2001 UNESCO, recomendou, em Resolução já aprovada
na sessão de abril 2012, a organização de um evento comemorativo que versasse o
património cultural submerso daquela época histórica, e a preparação de
atividades de sensibilização. Também recomendou a devida atenção a questões mais
sensíveis e humanas relativas à perda de vidas resultantes deste conflito
mundial.
Entre 28 de julho de 1914 e 11 de novembro de
1918, milhares de embarcações foram afundadas no decorrer da 1ª Grande
Guerra e milhões de pessoas perderam as suas vidas durante este conflito. A
experiência da guerra deixou um trauma coletivo nos anos subsequentes. Muitos
soldados regressaram em grande sofrimento físico e psicológico. Aqueles que
combateram neste conflito são referidos como “Geração Perdida”. A guerra teve
um impacto permanente na economia, bem como na economia social. Foi o fim de
uma era de estabilidade e o trauma causado pelo número de vítimas foi
manifestado de várias formas.
Ao nível intergovernamental, a Liga das Nações encerrou a guerra na Conferência de Paz em Paris. Foi esta a
1ª Organização internacional de forma permanente cuja missão principal foi
manter a paz no mundo. O objectivo desta reunião foi o de fixar o novo mapa político
da Europa, as indemnizações de guerra a pagar pelos alemães aos Aliados e as
condições de desmilitarização dos países vencidos. Desta conferência resultaria
o Tratado
de Versalhes que os alemães foram obrigados a assinar em Junho de 1918.
A Liga das
Nações, foi a antecessora das Nações
Unidas.
No âmbito do património cultural subaquático, muitos
sítios históricos permanecem
submergidos, como resultado dos inúmeros conflitos navais: o número total de
baixas em contexto militar e naval ascende a 35 milhões de pessoas, grande
parte delas pereceram em combates navais.
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